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" Eu a esperava todas as manhãs, a moça do quarto ao lado, do apartamento das luzes claras, onde na sala ele a amava todas as noites. Eu os apreciava do outro lado da rua, nossas janela eram tão próximas naquele momento que eu podia ouvir os seus gemidos.
Uma noite ela bateu à minha porta:
- Olá! Tudo bem?
- Sim, tudo bem.
Ela caminhou em minha direção sem que fosse preciso qualquer explicação.
Um caminhar tão perfeito que não havia mais a necessidade de esconder o que nunca foi dito. Em seu caminhar lento ali estava ela, próxima a mim. Seu corpo, seu cheiro,
seu toque , sua boca...tudo agora me pertencia. Minhas mãos acompanhavam as formas do seu corpo, minha boca percorria cada parte dele, uma fome que não era só minha..."
(Srta Lae)
